Chupeta...Pode usar?

Vamos lá: a chupeta pode ser utilizada levando-se em conta o tipo ou formato da chupeta e o tempo de uso, entre outros fatores. Na realidade, a necessidade de sucção fisiológica é necessária até os 6 meses de idade, a partir daí, passa a ser muitas vezes para acalmar.
Como na prática as coisas não são tão simples (quem tem filhos sabe bem!) vou ajudar nessa avaliação da necessidade e o que fazer.
• A chupeta deve ter o bico ortodôntico que a longo prazo evita grandes deformações nas arcadas.
• Deve ser de base oval, deixando o nariz desobstruído para não dificultar a respiração.
• O hábito de sucção não nutritiva deve ser removido até os 3 anos de idade, pois a maloclusão gerada pelo uso da chupeta se auto corrige normalmente após cessar o uso. Mas, o uso extensivo da chupeta causa atresia das arcadas prejudicando a boa forma e a vinda dos dentes permanentes por falta de espaço, deformação labial e dificuldade de selamento labial prejudicando o processo respiratório adequado, a postura de língua e, por consequência, a fala.
• O uso da chupeta deve ser reduzido gradualmente, assim como o número de chupetas espalhadas pela casa, cama, bolsas, etc. Assim a chupeta passa a não ser o centro das atenções, fica limitada à hora de dormir, e uma única chupeta fica desagradável com gosto ruim com o passar do tempo. Isso tudo auxilia o processo de remoção. Muitos pais, avós e babás parecem ter verdadeiro pavor de ficar sem a chupeta. Não tenham! Essa é uma das frustrações necessárias que a criança vai enfrentar e o adulto responsável deve sustentar, para um bem maior no futuro.
• Em crianças maiores vale uma boa conversa sobre troca da chupeta em ocasiões especiais, por alguma coisa que ela deseja muito.
• Sempre bom lembrar que antes a chupeta do que o dedo! Mas quanto maior a valorização da chupeta, maior a dificuldade de remoção e maiores os estragos na dentição e funções mastigatórias e respiratórias.

Na dúvida, não se estresse, venha conversar e tirar suas dúvidas. Tenho certeza que posso ajudar nesse processo.

Um grande beijo,

Dra.Vivian Gaspar